Interessada em colocar um fim no regime de punições que sustenta o Estado e o capitalismo, a Rede 2 de Outubro é um coletivo autônomo que busca criar estratégias de luta contra a prisão e o sistema penal.

Há décadas o Estado brasileiro vem se estabelecendo como um dos que mais prendem pessoas no planeta, patrocinado pela elite conservadora e racista e ancorado na moral do castigo.

Seus alvos prioritários ainda são jovens pobres, pardos/as e pretos/as, e demais populações que não se adéquam ao padrão social e étnico fixado pela burguesia branca.

A doutrina neoliberal da segurança se fortalece na medida em que se intensifica a fabricação da miséria.

Políticas de segurança pública e de justiça criminal são cada vez mais pautadas pela militarização da vida e pela punição daqueles/as que são considerados/as desajustados/as.

Cria-se um circuito de produção da delinquência utilizada como pretexto para se controlar a vida de todos e de cada um, proliferando-se as polícias ostensivas e gerando uma multidão aprisionada.

A prisão e o sistema penal não se dissociam da tortura e dos massacres.

O mito da impunidade faz com que grande parte da própria população pobre, impulsionada pela grande imprensa, engrosse o coro punitivo entoado pelas elites.

Frente a isso, a Rede 2 de Outubro atua dentro e fora do sistema prisional, seja ele voltado ao encarceramento de adultos ou de jovens, com o intuito de promover a implosão da prisão e de todas as formas penais.

Para isso, procuramos na ação direta e na educação popular táticas de combate ao regime do castigo.

Não somos um grupo homogêneo. Somos um coletivo formado por pessoas cujas visões de mundo são diferentes e cujas diferenças são fomentadas nas pequenas guerras do dia-dia.

A aversão ao cárcere e à mentalidade punitiva faz com que nos associemos de maneira livre, multiplicando o enfrentamento antiprisional, anticapitalista, antifascista e antiestatal, junto a demais pessoas, coletivos e movimentos.

Pelo fim das prisões, do Estado e do capitalismo!